Obra deve ser concluída até junho de 2014 |
Objetivo é evitar
que poluição sonora prejudique comunidades próximas à BR 262 e os próprios
trabalhadores da obra
Desde setembro de 2011, medições de ruído são
feitas em locais próximos à construção da nova ponte que ligará Castilho (SP) e
Três Lagoas (MS). Os números mostrarão se os limites são respeitados e se há
medidas de controle de ruído, tanto durante as obras como nos primeiros meses
após a conclusão da ponte. O monitoramento é executado pelo Instituto
Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do
Paraná (UFPR), parceiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT)
– órgão responsável pela construção.
A região sujeita aos impactos da poluição sonora
compreende 7,5 quilômetros, que incluem a extensão da nova ponte e seus acessos
em Castilho e em Três Lagoas. As medições de ruído são feitas em pontos
estratégicos dessa área de influência, com o uso de decibelímetros digitais. A
equipe do Instituto já realizou duas campanhas, com 28 medições em setembro de
2011 e nove em janeiro de 2012.
“Nas
medições já executadas, apenas houve aumento de ruído no trecho em que a obra
começou efetivamente, onde as máquinas estão trabalhando. Mas não há
interferência negativa, os ruídos respeitam os limites e também não houve
reclamação por parte da comunidade”, explica o supervisor ambiental do ITTI
responsável pelas medições, Marcos Leite.
Para controlar o ruído emitido pelas máquinas e veículos
utilizados na obra, a construtora deve dar prioridade a equipamentos com baixo
índice de ruído e realizar manutenções periódicas, além de executar operações
ruidosas apenas durante o dia. Os trabalhadores devem utilizar protetores
auriculares.
“Além do monitoramento dos ruídos emitidos, o
Instituto vai fiscalizar durante toda a obra se a construtora segue as medidas
de controle nas máquinas e oferece equipamento de proteção individual para os
operários. O objetivo é que a obra traga benefício para a sociedade, e não
incômodo”, salienta o coordenador do Programa.
As campanhas de monitoramento acontecerão trimestralmente
até junho de 2014, prazo para o término das obras, e continuarão por 12 meses,
em campanhas semestrais, durante a operação da ponte, para também medir o ruído
do tráfego.
“Depois que a ponte estiver pronta e operando, nós
teremos um histórico da evolução dos ruídos – como era antes da construção,
como foi durante e uma previsão de como será depois de concluída. Isso é
importante para entender os impactos e trabalhar para minimizá-los”, ressalta o
supervisor ambiental.
Implicações
legais
Por lei, são definidos os limites de ruído a serem
respeitados. De acordo com a portaria nº 92, de 19 de junho de 1980, o
Ministério do Trabalho e Emprego (MINTER) considera prejudicial à saúde, à
segurança e ao sossego público, os sons que, no ambiente externo, ultrapassem
10 decibéis além do ruído de fundo já existente no local de tráfego. Além disso,
independente do ruído de fundo, o máximo permitido é 70 decibéis durante o dia
e 60 decibéis à noite.
Já a portaria 3.214 do MINTER fixa o tempo máximo de
exposição por dia no caso de ruído contínuo. Se o ruído é de 85 decibéis, a
tolerância é de 8 horas, 100 decibéis são tolerados por 1 hora e, se o nível de
ruído atinge 115 decibéis, a exposição não pode durar mais do que 7 minutos.
Acima de 115 decibéis, seja o ruído contínuo ou intermitente, se não houver
proteção adequada, há risco grave de danos na audição.
A obra
A nova ponte terá 1,344 quilômetros de extensão,
além dos 6,096 quilômetros de acessos que a ligarão às cidades de Castilho e
Três Lagoas. A obra teve início em julho de 2011 e deve ser concluída até junho
de 2014.
Além do Programa de Controle de Ruídos, o ITTI
executa mais 12 programas ambientais na obra de construção da ponte sobre o Rio
Paraná. Entre eles estão o Programa de Educação Ambiental, Proteção de Flora e
Fauna e Segurança e Saúde da Mão de Obra.
Débora Mühlbeier Lorusso | Assessoria de Comunicação
Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI)
(41) 3226 6658 | comunicação@itti.org.br
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