quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mostra reúne trabalhos propostos em oficinas do G-Pontes

Após oficina com professores da rede pública de ensino, 13 escolas do município participam de ação de educação ambiental

Numa exposição que mobilizou mais de mil alunos da rede municipal de ensino, professores de 13 escolas de Três Lagoas apresentaram à comunidade o resultado de atividades propostas pelo projeto G-Pontes. Textos, desenhos, maquetes e fotos demonstraram como pode ser fácil e prazeroso abordar questões ambientais em sala de aula.

Das 17 escolas de Três Lagoas, 13 foram representadas durante o evento

O G-Pontes é um projeto de gestão ambiental que ocorre paralelamente à obra da nova ponte sobre o rio Paraná, resultado de uma parceria entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura (ITTI), e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

O projeto desenvolve 13 programas socioambientais, entre eles, o Programa de Educação Ambiental (PEA). Em maio deste ano, uma oficina do PEA capacitou professores da rede municipal de ensino para torná-los multiplicadores de abordagens ambientais de forma interdisciplinar.

A partir de oficinas e de um elemento central, o Saci, surgiram em salas de aula inúmeras atividades que ensinavam os alunos mais sobre a natureza e o meio que os cercam. O objetivo foi demonstrar que o Saci (uma popular figura do folclore brasileiro, considerada como protetora das matas) encontraria em Três Lagoas aspectos positivos em relação ao meio ambiente.

Histórias envolvendo o Saci, ou ainda desenhos feitos por alunos com alguma deficiência, fotos e maquetes são o registro de todo este trabalho e ficaram em exposição no Salão de Eventos da Câmara Municipal de Três Lagoas.

A UFPR vai reunir as melhores histórias num livro, que ficará à disposição em escolas da rede municipal de ensino, como um reconhecimento do trabalho de todos.

“Todas estas parcerias são muito importantes, pois fortalecem o trabalho da Semec. Além disso, os alunos têm oportunidade de expor, conhecer, vivenciar novas coisas, o que complementar todo um trabalho já feito no município. As oficinas foram excelentes para que se pudesse chegar num produto final como estes que vocês podem ver na exposição. É o pensamento, o envolvimento das crianças com o tema”, destacou a diretora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Jussara Fernandes.

A inclusão envolveu alunos de 0 a 60 anos, uma vez que até mesmo participantes do Brasil Alfabetizado foram envolvidos nas atividades.

“Promovemos diversas ações como forma de destacar a importância do nosso ecossistema, do cerrado. Foi feita a observação de campo, de plantas insetos, ervas medicinais, o que permitiu a troca de receitas caseiras entre os alunos, textos, desenhos, contação de histórias, utilizando livros do G-pontes”, relata o professor Shesmam Campache, da escola de Educação no Campo Antônio Camargo Garcia, um dos expositores da mostra.

Os colegas Murilo Fagundes dos Santos Alves e Ana Luiza Alves Tarso Alemida, do 5ª ano, da escola Marlene Noronha, um dos muitos alunos que passaram pela exposição, gostaram do que viram. 

Para Murilo, as observações, saídas que os alunos da educação no campo fizeram foram muito legais. “Eu gostaria que tivesse na minha escola este trabalho”, disse o menino.

Ana Luiza gostou do boneco feito com materiais recicláveis e afirmou que um playground como o implantado no CEI Alvorada. “Os alunos menores iriam gostar bastante de um desses lá”, comentou.

Proposta
No primeiro semestre deste ano, equipes do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR) estiveram nas duas cidades para divulgar os 13 programas socioambientais que acontecem paralelamente à obra. 

O objetivo das oficinas foi justamente transformar os professores em multiplicadores. Eles participam de atividades como leitura, produção de fotografia e de textos para que tenham a percepção ambiental aguçada, a partir da identificação de aspectos que caracterizam a região de Três Lagoas.

Para a professora do Departamento de Teoria e Prática de Ensino da UFPR e coordenadora do PEA, Sonia Haracemiv, que avaliou os trabalhos apresentados, o caráter interdisciplinar da mostra se sobressaiu.

“Na apreciação do trabalho realizado pelos professores foi possível avaliar o nível de comprometimento e de compromisso com o projeto G-Pontes. Os trabalhos revelam que há uma preocupação da rede municipal no tocante às questões ambientais e ao impacto da construção da nova ponte. Os trabalhos envolveram desde a questão da produção de textos em diferentes gêneros, além de incorporarem conceitos como cidadania, cultura, espaço social, mobilidade e valores”, explica a professora.

Gislene Almeida (especial para o projeto G-Pontes)
Assessoria de comunicação
ITTI - Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura
(41) 3226-6658 | comunicacao@itti.org.br

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